Para não dizer que não falei da prisão do Lula

Sabe o porquê de eu não ter postado nada diretamente relacionado a prisão do Lula?

Porque nada do que eu diga mudará aquilo que quem concorda ou discorda da decisão da justiça pensa ou sente. Os conceitos estão formados e todos nós já estamos entrincheirados em lados bem definidos. E aqui pra nós, sem novos elementos, sobra desabafo e troca de ofensas pouco propositivas.

É tão pessoal o que estamos pensando e sentindo que, antes de suscitar uma discussão, prefiro respeitar os momentos de cada um entender-se parte, dependendo da leitura, de um outro golpe ou de um país entrando nos eixos.

Lutar e ter lado atualmente é abrir guerra contra quem pensa diferente. Principalmente nas redes sociais. As pessoas pegam como pessoal e, sem a chance de sentir como as palavras descem, sobram interpretações equivocadas e sentimentos truncados.

Antes de uma defesa apaixonada por crenças (que eu admiro), tento lembrar sempre da importância do diálogo, da troca e até mesmo, em alguns momentos, do silêncio. O meu silêncio é respeito, é expectativa e é reflexão. E, talvez, seja preciso exatamente isso: uma reflexão profunda e respeitosa sobre a descrença ou a fé neste Brasil velho maculado de novo.

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