Segunda Opção

Queria me lembrar quando foi que te disse que éramos alguma coisa. Sem problematizar a questão, vamos bem direto ao ponto… Por favor, refresque a minha memória. Você insiste que sou idiota, insensível e um calhorda, e eu quase tenho vontade de rir das palavras que escuto num exercício claro e pessoal de paciência.

Abaixa o tom das acusações. A gente se conheceu em uma relação aberta e transparente, sem segundas intenções. Quer saber o que acho de você? Está mesmo preparada para ouvir ou só está me desafiando? Ok, vamos lá.  Gostosa, bonita, mas histérica, bipolar, paranoica e, com um pouco mais de intimidade, extremamente chata. Eu não ligo para os defeitos, desde que não precisemos avançar o sinal e fingir que curtimos trocar uma ideia mais cabeça.

Escroto? Eu? Você  que não é a santa que finge ser. Nunca te pedi que fosse, inclusive. Lido na boa em ser sua segunda opção, só não aceito cobranças despropositadas. Você vai mesmo continuar usando aquela investida, o flerte, como argumento para provar que eu não presto? Não, eu não menti para você. Era uma cantada, porra, deixa de ser chata! O que eu falo quando estou na cama com você também está inserido em um contexto que não vem ao caso agora. Ok, da próxima vez (?) lembro de ficar calado na hora que estivermos ‘brincando’.

Vamos encerrar logo isso? Você para um pouco de me ligar, de mandar aquele tanto de mensagem e a gente vê como tudo segue. Sem cobranças ou títulos. Sem papos cult, jantares e cinema. Combinado? Per-fei-to então! Ah, só mais uma coisa por favor: para de beber e de me telefonar de madrugada cantando essa música!

**** Veja agora a resposta dela em “Estamos Quites”.


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