Em tempos de oversharing, de pós-verdades, de robôs e perfis trabalhando para o mal, todo cuidado é pouco para não comprar gato por lebre e ser parte de uma engrenagem de leviandades. Se a parcialidade é cada vez mais difícil de encontrar e verdades e mentiras ganharam companhias, conseguir separar o joio do trigo é tarefa árdua, porém necessária para quem quer se posicionar com propriedade.
Aos menos esclarecidos, informados, preguiçosos ou facilmente passados pra trás, algumas dicas importantes:
- Leia o texto inteiro indo além do título, subtítulo, da chamada e do primeiro parágrafo. Quem quer se informar – e ter embasamento para entrar numa discussão – não pode ter preguiça.
- Não acredite que um site é confiável apenas pelo layout, logotipo ou mesmo nome da página. É a velha história de que quem vê cara, não vê coração; que as aparências enganam!
- Jogue o tema da notícia em algum site de busca e veja se ela teve repercussão em redações profissionais (e não apenas em blogs e páginas de nicho).
- Desconfie de tudo. Até os grandes portais costumam praticar “barrigadas” – termo jornalístico para falsas notícias – quando repercutem apressadamente factoides sem a devida apuração.
Agora aos descontrolados, esquentadinhos, bons de briga e sabichões…
- Dê ao outro o direito de não ser tão interessado, inteligente, bom de papo e de argumentação como você. Baixa a bola… Manchetes sensacionalistas sempre terão mais repercussão do que análises elaboradas que destrincham e contextualizam os fatos.
- Entenda que as pessoas são diferentes e que muitas vezes podem responder a um mesmo estímulo das mais variadas (e inesperadas) maneiras.
- As pessoas podem, mesmo diante do óbvio ululante, não querer encarar os fatos, preferindo acreditar nas mentiras sinceras que corroboram com a visão deturpada/limitada/ou-como-você-quiser-classificar da realidade que elas têm.
- Explique calmamente. Ofereça links que mostram o outro lado e se mesmo assim insistirem em continuar usando os antolhos, paciência. Dê-se por vencido (a) e deixe que a vida encarregue de mostrar que burro, anta, mula são animais irracionais. Seres humanos erram, aprendem e podem sempre progredir.
- O tempo tem sua própria didática. E que ninguém duvide que é capaz de ensinar o que nenhuma fórmula ou teoria consegue racionalizar.
- Mas eu sei que nada disso alivia aquela agonia (raiva? falta de paciência?) de ver a mentira ganhando novos adeptos, sendo recontada com mais requinte e produzindo tsunamis sociais de dimensão incontrolável. Antes de brigar, se estressar ou perder as estribeiras, de entrar com afinco em um debate que pode ser fatal, que tal clicar na setinha disponível no próprio post e denunciar, bloquear e ajudar a rede social a sanitizar o conteúdo? É rápido, fácil e indolor. Poupa uma energia que vocês não fazem ideia!
E para todos nós: a rede é so-ci-al. É espaço de troca, de interação e de extrema exposição. De preconceitos e julgamentos infundados, com erros e acertos, um eterno aprendizado! Encaramos o que temos de melhor e o que existe de pior… Nada diferente de uma grande festa aberta ao público e que exige compostura, ética, educação para o bom convívio. O que lhe cabe é o que me é exigido: a zeladoria e a manutenção de tudo em ordem.
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>>> Amigos que puderem compartilhar, super obrigado!
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