O PMDB é o que o Brasil merece?

2017 caminha para um desfecho dramático ainda que números mostrem uma economia – nós sabemos a que custo – em recuperação. Semana a semana o país mostra que fora toda a indignação popular (da boca para fora), a politicagem suja faz escola com mandos e desmandos que são um cala boca geral naquela solução fácil de que primeiro a gente bate panela, tira ela, e quem mais precisasse na sequência. Conto do vigário encabeçado pela tríade Cunha – Neves – Temer.

E como não dar ao PMDB a importância que lhe cabe numa semana que teve de propagandas partidárias altruístas enquanto rolava um salvo conduto, via Alerj, da mais pura bandidagem peemedebista carioca e da revelação de que o então vice-presidente Michel Temer e trupe de aliados partidários estavam mancomunados com os patos do Skaf. Quem paga realmente o pato?

Aguenta que tem mais: assim como Lula, Michel Temer sairá Brasil adentro em 2018 realizando “mutirões de serviços durante as viagens, como o cadastramento no Bolsa Família”. É o que traz a coluna Expresso, assinada por Murilo Ramos na Revista Época da próxima semana. Ainda segundo Murilo, o pior presidente que o país já teve (e isso tanto na minha opinião quanto na dos outros 97% de brasileiros que transformam popularidade na mais pura mediocridade) acha que estará em condições de se reeleger numa possível guinada da economia nacional. Outra hipótese, pasmem, seria a indicação para uma embaixada na Europa. Antes, porém,  aguardemos as revelações sobre as malas de Geddel Vieira Lima.

Os nomes aos bois foram dados, o pato continua sendo pago e escândalos são tão rotineiros que acabam por banalizar o resta um do jogo político nacional. Quem são os protagonistas se todos roubam a cena? E não só ela… De certo só mesmo o saco cheio de ter que ver que apesar de tudo, da chance de recomeçar e fazer direito, sobra o mesmíssimo Brasil sem jeito e, a observar pelas últimas pesquisas, disposto a não sair do lugar. “Com o Supremo, com tudo. Com tudo, aí parava tudo”(Jucá, Romero – em mais um diálogo premonitório feito por representantes do PMDB).

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